O mercado para um provedor de acesso à internet no Brasil é bem promissor, apesar das grandes empresas do setor, há espaço para provedores de todos os portes no ramo. Entretanto, é preciso entender os principais desafios e dificuldades que afetam essa atividade.
A seguir, mostramos como funciona esse mercado, quais as fases de crescimento do provedor, bem como quais os cuidados técnicos e administrativos que é necessário ter para garantir o sucesso no empreendimento. Acompanhe a leitura!
Conheça o mercado de provedor de acesso à internet no Brasil
Segundo dados registrados na ANATEL, a quantidade de PPPs — Prestadoras de Pequeno Porte — existentes no Brasil em 2018 era de 9.846, contra 745 em 2007, o que demonstra o crescimento expressivo do setor. O relatório aponta, também, que o aumento em 2018 foi de 26,45% em relação ao ano anterior, e a expectativa é que esse número cresça ainda mais.
Uma das razões para isso é a falta de interesse dos grandes provedores em algumas cidades. Dessa forma, as empresas regionais ganharam espaço e assim prestam um serviço com maior qualidade, pois garantem mais agilidade no atendimento aos clientes.
Saiba quais são as fases de crescimento do provedor
Existem alguns critérios para a classificação dos provedores de acordo com o seu porte. Confira!
Micro provedor
O modelo tem sua estrutura técnica formada por equipamentos simples. Seu gerenciamento é manual e utiliza banda fornecida por um provedor de maior porte. O faturamento máximo nessa categoria deve ser de até R$ 360 mil por ano. A quantidade de acessos permitida é de 0 a 999.
Pequeno provedor
Esse modelo tem uma estrutura um pouco maior. É preciso contar com um sistema de atendimento, que atenda às demandas internas e às dos clientes. Outra característica importante nesse sistema é a necessidade de monitorar a parte administrativa e técnica.
Um pequeno provedor deve contar com um link dedicado e também o ASN — Alocação de Números de Sistema Autônomo. Essa infraestrutura permite que ele forneça endereços IPs válidos aos seus clientes.
O faturamento máximo é de até R$ 2.400.000 por ano e a quantidade de acesso permitida é de 1 a 3.999, além de poder utilizar fibra óptica.
Médio Provedor
Esse modelo possibilita a prestação de serviços em outras cidades e bairros e deve investir em todos os requisitos da fase anterior, só que com maior potencial de atendimento. Outro ponto importante em provedores médios é que eles precisam contar com redundância em sua infraestrutura.
A quantidade de acesso vai de 3.999 a 29.999, e o faturamento máximo é de até R$ 7.200.000 ao ano.
Grande Provedor e Provedor Regional
A quantidade de acesso é acima de 30.000. O faturamento é de até R$ 24.000.000 para grandes provedores e acima de R$ 24.000,00 ao ano para os regionais.
Entenda a importância de ter atenção às questões técnicas e administrativas.
Em cada uma dessas fases é preciso ter especial atenção quanto aos requisitos técnicos e administrativos sobre cada uma, de acordo com o seu porte. As empresas menores têm menos exigências, ou seja, algumas regras mais complexas são dispensadas para os provedores menores.
Por exemplo, em provedores menores é obrigatória a disponibilização de algum meio de contato para que o cliente acesse a empresa, seja um e-mail, seja uma página de contato no site. Já os maiores têm a obrigação de disponibilizar uma ferramenta de acesso com diversas informações sobre a prestação de serviços.
Além disso, também é preciso atenção quanto aos prazos referentes a diversos assuntos, entre eles:
- atendimentos para a resolução de problemas;
- instalação do serviço;
- entrega do documento de cobrança;
- suspensão do serviço por falta de pagamento.
Para garantir o sucesso e crescimento no negócio, é essencial contar com empresas parceiras que possam auxiliar em todas as atividades, tanto no apoio técnico aos projetos quanto no fornecimento da infraestrutura adequada.
Existe um grande potencial de crescimento no mercado de provedor de acesso à internet. Para crescer no segmento, é fundamental ter cuidado e atenção em relação a prazos, atividades e regras determinadas para cada categoria de empresa.
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